Alessandro Stefanutto é o segundo presidente do INSS a ser exonerado durante o governo Lula

Fila de requerimentos do INSS chega a 2,042 milhões em dezembro, recorde durante a gestão de Alessandro Stefanutto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a exoneração de Alessandro Stefanutto da presidência do INSS, tornando-o o segundo responsável pela pasta a ser afastado no atual governo, iniciado em 2023. Stefanutto assumiu o cargo em julho daquele ano, substituindo Glauco Wamburg, que estava à frente da presidência de forma interina desde fevereiro.

Wamburg deixou o cargo após ser alvo de uma denúncia envolvendo o uso irregular de passagens aéreas pagas pelo INSS para fins pessoais.

Antes de ser nomeado presidente, Stefanutto já fazia parte da alta direção do INSS, ocupando o cargo de diretor de Orçamento, Finanças e Logística desde março de 2023. Ele também teve uma trajetória como procurador do órgão nos períodos de 2004 a 2006 e de 2011 a 2017, durante o primeiro e o terceiro mandatos de Lula. Além disso, fez parte do grupo de transição do governo atual. Recentemente, Stefanutto foi afastado por decisão judicial, como parte de uma operação da Polícia Federal que investiga irregularidades no desconto de contribuições na folha de pagamento do INSS, causando prejuízos aos beneficiários. Outros servidores também foram afastados no mesmo contexto.

Durante sua gestão, Stefanutto implementou a medida do AtestMed, um atestado digital que dispensa a perícia médica presencial para afastamentos por motivos de saúde com duração de até seis meses. O objetivo era reduzir os custos do governo com o pagamento de benefícios retroativos à data de solicitação.

Apesar dessas iniciativas, a fila de requerimentos do INSS atingiu 2,042 milhões de solicitações em dezembro, estabelecendo um recorde para o governo atual. Uma das promessas do ministro da Previdência, Carlos Lupi, era justamente a redução dessa demora no atendimento.