Nesta quinta-feira (15), era aguardado um encontro entre os presidentes da Ucrânia e da Rússia com o objetivo de avançar em conversas sobre o fim da guerra. No entanto, a ausência de Vladimir Putin gerou forte reação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que deixou o local pouco antes do início da reunião, expressando insatisfação com a postura russa.
, havia criado expectativas de que os dois líderes pudessem dar início a uma negociação direta para encerrar os confrontos armados. No entanto, em declaração à imprensa, Zelensky afirmou que não havia mais sentido em permanecer no evento, diante da recusa do chefe de Estado russo em comparecer: “Não há nada que justifique minha presença aqui se o outro lado não está disposto a dialogar seriamente.”
A delegação russa enviada a Istambul foi composta por representantes de menor escalão, como vice-ministros e técnicos. Zelensky classificou essa composição como “simbólica” e criticou o que considerou uma falta de comprometimento por parte de Moscou. “Trata-se de uma demonstração clara de desrespeito — não apenas a mim, mas também aos parceiros internacionais que se mobilizaram para esta rodada de conversas”, afirmou, referindo-se a autoridades norte-americanas e turcas também presentes.
Diante da ausência de Putin e da delegação reduzida enviada pela Rússia, o presidente ucraniano decidiu manter apenas a representação de seu país nas conversas, agora sob responsabilidade do ministro da Defesa, Rustem Umierov. Ele será o responsável por conduzir o diálogo com os representantes russos.
Zelensky voltou a defender a implementação de um cessar-fogo sem pré-condições como ponto de partida para qualquer progresso diplomático, e lamentou que a falta de protagonismo da Rússia na cúpula tenha enfraquecido o ambiente para negociações mais produtivas. Segundo ele, a recusa de Putin em comparecer pessoalmente à reunião simboliza uma postura distante de qualquer esforço real de paz.
