Após um fim de semana marcado por reuniões intensas na Suíça, autoridades da China e dos Estados Unidos formalizaram um acordo que reduz significativamente tarifas comerciais entre os dois países durante um período inicial de 90 dias. A iniciativa representa uma inflexão relevante no relacionamento econômico entre as duas potências, que vinha se deteriorando ao longo dos últimos anos devido a um prolongado confronto tarifário.
Pelo acerto firmado, os Estados Unidos diminuirão de 145% para 30% as taxas incidentes sobre produtos de origem chinesa. Em contrapartida, o governo chinês irá reduzir de 125% para 10% os tributos sobre mercadorias norte-americanas. Trata-se de um gesto mútuo que visa distensionar o cenário comercial e evitar novos impactos nas economias globais.
Além das alterações nas tarifas, foi estabelecido um canal permanente de interlocução entre os dois países, voltado para tratar, de forma técnica e institucionalizada, temas relacionados ao comércio bilateral. A previsão é de que os primeiros encontros do novo fórum ocorram nas próximas semanas, com prioridade para a resolução de impasses recorrentes e o avanço na definição de normas mais estáveis para o intercâmbio de bens e serviços.
A sinalização positiva do acordo provocou reações imediatas nos mercados financeiros internacionais, que interpretaram a trégua como um indicativo de estabilidade futura. Analistas destacaram que a suspensão parcial das tarifas pode contribuir para a desaceleração da inflação em diversos países e para a recomposição das cadeias globais de fornecimento, bastante abaladas por restrições comerciais recentes.