Durante uma conversa com jornalistas nesta sexta-feira (25), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a maior parte dos acordos comerciais pendentes deve ser finalizada até 1º de agosto — data prevista para a entrada em vigor de novas tarifas impostas por seu governo. Segundo ele, “a maioria dos acordos está concluída”.
Trump mencionou que esses acordos serão formalizados por meio de cerca de 200 cartas que devem estabelecer tarifas entre 10% e 15%. “A maioria dos acordos será fechada por cartas que estabelecem tarifas, e estas cartas mencionam tarifas de 10% ou 15%”, declarou.
Ao comentar sobre a relação com a China, o presidente norte-americano demonstrou otimismo e afirmou que os Estados Unidos já têm “os limites” definidos para um entendimento com Pequim. Já sobre o Canadá, Trump mostrou frustração com a falta de avanços. “Não tive muita sorte com as negociações com o Canadá. Posso impor uma tarifa unilateral para eles. Não há muita negociação e não estou focado em um acordo com o Canadá”, disse.
No campo cambial, Trump expressou sua preferência por uma moeda americana valorizada, embora tenha reconhecido os desafios decorrentes disso: “Gosto de um dólar forte, nunca vou falar que gosto de moeda fraca”, afirmou. Porém, também destacou que a força da moeda pode dificultar a competitividade dos produtos americanos: “Com um dólar forte, não podemos vender nada. O dólar mais fraco faz as tarifas valerem mais”.
O presidente também fez menção à política monetária de outras nações ao criticar estratégias de desvalorização cambial. “Tudo o que a China faz é lutar por uma moeda fraca. Quando o Japão ia muito bem, eles tinham uma moeda fraca”, completou.
Sobre a situação no Oriente Médio, Trump comentou as negociações em torno de um cessar-fogo em Gaza. Segundo ele, a trégua não avançou por falta de disposição do grupo Hamas. “A paz não foi alcançada porque o Hamas não quer fazer um acordo de paz”, afirmou. Para Trump, a situação continua grave, e ainda existem muitos reféns na região.