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Bolsonaro e Valdemar alinham planos para expandir influência política em 2026

Por Brasil Direto

Na manhã desta quinta-feira (28), Jair Bolsonaro recebeu em sua casa, em Brasília, a visita de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. Foi o primeiro encontro entre os dois desde que o ex-presidente passou a cumprir prisão domiciliar. O foco da conversa girou em torno das eleições de 2026, com destaque para as estratégias voltadas ao Senado.

Bolsonaro quer montar uma bancada robusta na Casa, formada por aliados dispostos a confrontar o Supremo Tribunal Federal. A meta é garantir número suficiente para sustentar pedidos de impeachment contra ministros, caso a oposição alcance maioria.

Além das articulações partidárias, o futuro político de sua família também esteve em pauta. Flávio Bolsonaro tentará renovar o mandato no Senado pelo Rio de Janeiro, enquanto Michelle Bolsonaro deve entrar na disputa pelo Distrito Federal. Já Carlos Bolsonaro estuda concorrer em outro estado — Santa Catarina, Espírito Santo ou Roraima — embora encontre resistências internas e competidores consolidados. Neste momento, o cenário mais favorável para ele seria em Roraima.

A situação de Eduardo Bolsonaro foi considerada a mais delicada. Radicado nos Estados Unidos desde março, ele pode perder o mandato por excesso de faltas e, segundo aliados, corre risco de prisão caso retorne ao Brasil. A direção do PL avalia substituí-lo em São Paulo, cogitando nomes como Marcos Pollon (MS) para a disputa.

Durante a reunião, Valdemar Costa Neto reforçou que o partido deverá agir com cautela na escolha de candidatos, preservando a força eleitoral em estados estratégicos. Nos bastidores, há consenso de que São Paulo terá papel central na composição da base do PL.

Essa movimentação integra um esforço maior de reorganização interna da legenda. Ainda nesta semana, o líder do PL na Câmara, Altineu Cortes, também se encontrou com Bolsonaro. A sucessão presidencial, por enquanto, não entrou oficialmente em debate, mas cresce a expectativa em torno do governador Tarcísio de Freitas, apontado como possível nome de consenso caso Bolsonaro permaneça inelegível.

Apesar das incertezas, a legenda demonstra que pretende manter o ex-presidente como figura-chave na articulação nacional, mesmo sob restrições legais. O clima da reunião foi descrito como pragmático, voltado à estratégia eleitoral e à pacificação de disputas internas.

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