Maduro convoca 4,5 milhões de milicianos em resposta a operação dos EUA no Caribe

Nesta semana, Maduro anunciou um plano especial de mobilização de 4,5 milhões de milicianos, que serão deslocados por todo o país

O apelo ocorre no contexto do lançamento, pelos Estados Unidos, de uma operação que Washington denomina de “antidroga”, envolvendo a mobilização de forças navais no Caribe e a presença, segundo uma fonte da administração norte-americana, de três navios de guerra em águas internacionais próximas à Venezuela.

“Considero necessário e oportuno que no sábado e no domingo tenhamos um grande dia de mobilização (…) para dizer ao imperialismo: Chega de ameaças! A Venezuela rejeita vocês, a Venezuela quer a paz!”, declarou Maduro durante uma cerimônia de condecoração de milicianos.

Nesta semana, Maduro anunciou um plano especial de mobilização de 4,5 milhões de milicianos, que serão deslocados por todo o país. A milícia, composta oficialmente por 5 milhões de pessoas — número contestado por especialistas — é formada por civis que defendem a ideologia do ex-presidente Hugo Chávez, de quem Maduro se apresenta como herdeiro.

O presidente venezuelano também anunciou uma reunião com “todo o sistema de defesa nacional” para “ajustar” planos estratégicos.

Segundo a imprensa norte-americana, Washington planeja enviar cerca de 4.000 fuzileiros navais para a região.

Os Estados Unidos não reconhecem o resultado das duas últimas reeleições presidenciais de Maduro e o acusam de liderar o cartel dos Soles, considerado por Washington como uma organização criminosa de tráfico de drogas. Além disso, oferecem uma recompensa de 50 milhões de dólares (mais de 250 milhões de reais) por informações que possam levar à sua detenção.