Amie Upton, responsável por uma agência funerária em Leeds, no Reino Unido, está sendo acusada de práticas incomuns com corpos de bebês que lhe eram confiados para cerimônias fúnebres. Segundo denúncias, ela levava os corpos para casa, onde os colocava diante da televisão e lia histórias infantis.
A investigação começou após Zoe Ward, mãe de um bebê falecido com três semanas, encontrar o corpo do filho sentado em uma cadeira de refeições na casa da funerária. O caso foi descrito por ela como “uma cena de filme de terror”. Diante da repercussão, a Leeds Teaching Hospitals Trust proibiu Amie de acessar necrotérios e maternidades.
Em sua defesa, a diretora da funerária afirma que sua intenção era tratar os bebês com amor e respeito, garantindo que nunca ficavam sozinhos e que eram mantidos em unidades refrigeradas. Ela disse ainda que costumava ler para eles o livro Adivinha o quanto eu gosto de você.
Após a denúncia, outros pais relataram situações semelhantes, incluindo um caso em que o corpo de uma criança foi encontrado no sofá da casa de Amie, sem a conservação adequada, o que impossibilitou a despedida da família com o caixão aberto.
Amie justifica sua atuação afirmando que queria oferecer cuidado e carinho, algo que, segundo ela, não é comum em necrotérios. A decisão de abrir sua agência funerária teria surgido após uma tragédia pessoal: em 2017, grávida, ela perdeu sua filha em decorrência de uma agressão do ex-companheiro, posteriormente condenado.