Muito antes de se tornar um dos nomes mais marcantes da MPB, Angela Ro Ro viveu uma temporada na Europa no início dos anos 1970. A cantora, que morreu nesta segunda-feira (8/9), aos 75 anos, passou por Roma e se estabeleceu em Londres, onde chegou a trabalhar como faxineira em um hospital.
Filha de pai baiano, tinha contato próximo com Glauber Rocha, expoente do Cinema Novo, que foi quem a apresentou a Caetano Veloso durante o período em que o cantor estava exilado pela ditadura militar.
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O encontro mudou o rumo da carreira de Ro Ro. Impressionado com o talento da jovem artista, Caetano a convidou para participar do álbum Transa (1972), hoje considerado um clássico. Angela tocou gaita na faixa Nostalgia, ao lado de Jards Macalé, Áureo Martins e Tutty Moreno. Naquele período, já escrevia suas primeiras canções, mas em inglês — músicas que mais tarde seriam adaptadas para o português.
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A cantora Angela Ro Ro
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Angela Ro Ro na juventude
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Angela Ro Ro
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Angela Ro Ro e Maria Bethânia
Thereza Eugenia/Reprodução/Instagram @angela_ro_ro_oficial
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Angela Ro Ro e Paulinho Lima
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Gustavo Lucena / Metrópoles8 de 8
Angela Ro Ro
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De volta ao Brasil, na segunda metade dos anos 1970, Angela começou a se apresentar em festivais e casas noturnas do Rio de Janeiro. Foi quando despertou o interesse de gravadoras e lançou seu primeiro disco, em 1979, que trazia sucessos imediatos como Amor, Meu Grande Amor, Tola Foi Você e Não Há Cabeça.
O convite de Caetano para participar de Transa marcou a primeira vez que Ro Ro apareceu em um registro fonográfico, funcionando como porta de entrada para uma trajetória que faria dela uma das vozes mais originais e intensas da música popular brasileira.