Um grave incidente está em andamento desde a manhã desta quarta-feira (10) na província de Mendoza, na Argentina, quando uma adolescente de 14 anos entrou armada em sua escola e efetuou disparos contra pelo menos duas pessoas. Até o momento, não há confirmação de feridos.
De acordo com veículos locais, a jovem, estudante do segundo ano da Escola Fundamental Marcelino Blanco, em La Paz, portava a arma logo após o primeiro intervalo e teria se trancado dentro da instituição depois dos disparos. Relatos preliminares indicam que a adolescente chamou pelo nome de uma professora, Raquel, afirmando que não se renderia até encontrá-la.
As autoridades intervieram rapidamente: alunos restantes foram evacuados, e o Grupo de Resolução de Incidentes e Sequestros (GRIS) foi acionado para negociar com a jovem, na tentativa de convencê-la a sair sozinha. A promotora juvenil de La Paz, Griselda Digier, acompanha de perto toda a operação.
O prefeito Fernando Ubieta informou que a adolescente é filha de um policial de San Luis, cerca de 90 quilômetros de La Paz, e que teria levado a arma de serviço do pai para cometer o ato. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram os disparos, enquanto testemunhas relataram o momento em que a estudante entrou armada na escola, provocando gritos e pânico entre os colegas.
Os alunos foram conduzidos a um ponto de encontro no Hospital La Paz, onde receberam atendimento psicológico por ansiedade, segundo Gustavo Pinto, diretor do hospital. Relatos indicam que a jovem teria apontado a arma para um professor de matemática, provocando medo entre os presentes. Colegas a descreveram como quieta, com poucos amigos, e que vinha apresentando sinais de angústia nos últimos dias.
A professora Fabiana Montón relatou que os demais alunos estão assustados, e que uma estudante chegou a ter uma convulsão e foi hospitalizada. Montón explicou que tentou conduzir a jovem à secretaria e persuadi-la a entregar a arma, mas foi atingida por um disparo. Ela descreveu a adolescente como muito tímida e sem histórico de bullying.
Em comunicado conjunto, os Ministérios da Segurança e Justiça, Saúde e Educação, Cultura, Criança e a DGE solicitaram que a imprensa e o público mantenham distância da escola, enfatizando que a segurança e os interesses da jovem devem prevalecer. O ministro da Educação de Mendoza, Tadeo García Zalazar, reforçou que profissionais especializados estão atuando no local e pediu cautela para evitar qualquer intervenção que possa comprometer a operação.
O prefeito Ubieta afirmou em entrevista que a comunidade está em choque, descrevendo a cidade como pequena e destacando que nunca havia ocorrido algo semelhante. Ele reforçou que todas as medidas estão sendo tomadas para convencer a adolescente a desistir da ação.
