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Efeito dominó: Brasil fatura menos com EUA, mas intensifica vendas à China

Por Brasil Direto

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Em agosto, primeiro mês de vigência da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, as vendas do Brasil para aquele país recuaram 18,5% em relação ao mesmo período de 2024, conforme dados divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) nesta quinta-feira (4).

Devido à tarifa adicional, o país exportou US$ 2,762 bilhões aos EUA no mês — um recuo em relação aos US$ 3,39 bilhões do ano anterior, representando uma queda de aproximadamente US$ 600 milhões.

Apesar disso, as exportações totais do Brasil registraram um aumento de 3,9% em agosto, somando US$ 29,861 bilhões. Já o superávit comercial do mês alcançou US$ 6,133 bilhões, uma alta de 35,8% em relação ao saldo de agosto de 2024.

Houve também forte crescimento nas vendas externas a outros destinos: em China, o aumento foi de 29,9% no mês; enquanto México e Argentina registraram altas expressivas de +43,8% e +40,4%, respectivamente.

Quanto aos produtos com pior desempenho nas exportações para os EUA, destacam-se:

Minério de ferro: queda de 100%

Aeronaves e componentes: –84,9%

Produtos semiacabados de ferro e aço: –23,4%

Óleos combustíveis de petróleo: –37%

Açúcares e melaço: –88,4%

O diretor de Estatísticas do MDIC, Herlon Brandão, explicou que as retrações atingiram tanto produtos diretamente afetados pela sobretaxa quanto aqueles fora da lista de taxação. Segundo ele, a incerteza gerada em julho pode ter levado a antecipação de embarques — reduzindo, assim, os volumes em agosto.

Brandão acrescentou que produtos como açúcar, máquinas, equipamentos e carne bovina registraram quedas marcantes, possivelmente devido à alta nos preços gerada pelas tarifas e à consequente queda na demanda

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