O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou neste domingo (7), durante ato em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) deverão se afastar de Alexandre de Moraes e acabar entregando sua “cabeça em uma bandeja” ao povo brasileiro. Segundo ele, a Corte teria consciência de que Moraes “foi longe demais”, de que o ex-presidente Jair Bolsonaro é inocente e de que não houve tentativa de golpe no País.
O evento ocorreu em meio ao feriado de 7 de Setembro, reunindo apoiadores do ex-presidente às vésperas da fase decisiva do julgamento que pode condená-lo por tentativa de golpe de Estado. Manifestantes carregavam faixas com frases como “Fim da ditadura do STF”, “fora Moraes”, “fora Lula” e “anistia já”.
Em seu discurso, que durou cerca de 15 minutos, Flávio afirmou que Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a tentativa de golpe, apresentaria “traços de psicopatia”, pois, na visão dele, não se preocuparia nem mesmo com a própria família. O senador disse acreditar que a postura de Moraes revelava uma perseguição “covarde e absurda” contra Bolsonaro, movida pelo desejo de afirmar que venceu uma disputa política.
Além das críticas ao STF, Flávio Bolsonaro também fez um apelo aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), para que avancem com um projeto de anistia penal, cível, administrativa e eleitoral. O texto, segundo ele, deveria contemplar não apenas os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas também o próprio ex-presidente Bolsonaro.
O senador argumentou que não haveria como conceder anistia parcial, uma vez que todos os réus, desde a abertura do inquérito das fake news, estariam sendo responsabilizados pelos mesmos fatos. Para reforçar sua posição, destacou que não seria possível, em suas palavras, perdoar figuras como a militante conhecida como “Débora do Batom” e excluir Bolsonaro, já que ambos enfrentariam acusações semelhantes.