Depois que os suportes do motor foram trocados em garantia, o nosso Citroën C3 ficou mais agradável também na estrada, onde o três-cilindros 1.0 precisa trabalhar em rotações mais altas. Mas ainda resta uma questão para a qual não existe uma solução simples: o conforto dos bancos.
Concebido para ser um SUV de acesso, o Citroën C3 é mais alto que a média dos hatches compactos e sua suspensão tem vão livre de 18 cm (o mínimo que um SUV precisa ter, de acordo com o Inmetro). Por dentro, os bancos dianteiros também são mais altos que o comum em hatches compactos. Esta é uma estratégia corriqueira das fábricas, entre os SUVs derivados de hatches, mas que não foi bem resolvida no caso do C3.

As críticas podem ser diferentes, mas todos os motoristas têm algo a reclamar dos bancos. É o apoio lombar, é a falta de apoios laterais mais eficientes no encosto, são as espumas duras usadas nos bancos e também a altura dos assentos e a regulagem para o banco do motorista. Tudo isso, após horas a fio, faz com que os motoristas tenham dores.
O problema da regulagem é visível e pode ser mensurado. Os assentos do Citroën C3 são compridos, o que costuma ser bom para o suporte das coxas do motorista. No entanto, sua ponta é bastante elevada (está a 34,4 cm do assoalho, 3,4 cm mais alto do que no Fiat Pulse) e o ajuste de altura eleva mais a parte traseira do assento (o que define o ponto H, que é a posição de dirigir) do que a frente. Com isso, quem costuma dirigir com o assento mais baixo faz força contra o assento para pisar na embreagem. Ao longo de uma viagem, isso cansa as pernas e força a região da lombar.
A solução definitiva seria mudar o banco. A paliativa é mudar a posição de dirigir, com o assento um pouco mais alto e correr o banco mais para a frente, para as pernas ficarem menos esticadas. A percepção do carro muda, mas fica menos cansativo.
Citroën C3 – 75.866 km
Versão: | First Edition 1.0 |
Motor: | 3 cil., diant., transv., 999 cm3, 6V, aspirado, 75/71 cv a 6.000 rpm, 10,7/10 kgfm a 3.250 rpm |
Câmbio: | manual, 5 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 1.824 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: |
Até 100.000 km – R$ 7.518 |
Gastos no mês: | Combustível: R$ 1.457 |
Consumo: | No mês: 14,2 km/l com 29,2% de rodagem na cidade Desde abril/23: 13,5 km/l com 35,1% de rodagem na cidade |
Combustível: | flex (gasolina) |