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Operações Big Data, Forja e Fraus revelam alcance de organizações criminosas contra o INSS

Por Brasil Direto

A Polícia Federal (PF), em parceria com órgãos de controle e o Ministério da Previdência Social (MPS), realiza operações contínuas para combater fraudes contra a Previdência Social, envolvendo desde roubo de dados até concessão irregular de benefícios e uso de informações falsas para aposentadorias e pensões.

Grande parte das ações é conduzida pela Força-Tarefa Previdenciária, criada para enfrentar crimes estruturados contra o INSS. Em 2024, foram registradas 845 operações, resultando em 820 prisões, incluindo 17 servidores públicos.

Dentre os casos recentes, destacam-se:

Operação Big Data: Investigou uma organização suspeita de acessar e vender dados sigilosos do INSS, beneficiando-se de informações de segurados para oferecer serviços advocatícios ou administrativos.

Operação Esteio (Piauí): Desarticulou grupo que fraudar aposentadorias rurais usando documentos falsos, envolvendo servidores, advogados e falsários.

Operação Forja (Goiás): Apurou concessões indevidas de benefícios desde 2023, com atrasados pagos retroativamente, gerando prejuízo superior a R$ 1,5 milhão.

Operação Truth (Bahia): Desarticulou associação que vendia dados de segurados cujos benefícios foram negados, permitindo a advogados tentar reverter decisões do INSS.

Operação Laboral e Risco Zero (São Paulo e Espírito Santo): Investigaram fraudes em aposentadorias especiais por meio de documentos falsos e laudos inconsistentes, com prejuízo estimado acima de R$ 500 mil.

Operação Recupera (Rio de Janeiro): Prendeu funcionário da Caixa Econômica Federal envolvido em fraudes de benefícios, com prejuízo superior a R$ 3 milhões desde 2022.

Operação Curator Mendacus (RS): Apurou recebimento indevido de aposentadoria por segurado falecido, aproximadamente R$ 100 mil.

Operações Apófis e Consignado Forjado (Pernambuco e SP): Identificaram fraudes envolvendo empréstimos consignados em nome de aposentados, com prejuízo estimado superior a R$ 5 milhões.

Operação Amparo Espúrio (Ceará): Investigou falsificação de atestados médicos para concessão indevida de benefícios assistenciais.

Operação Fraus: Detectou 415 requerimentos fraudulentos do BPC, causando prejuízo de R$ 1,6 milhão em seis meses, com estimativa de mais de R$ 30 milhões em dez anos.

Leilão de Bens da Operação Saque Fácil: A PF aliena imóveis apreendidos em fraudes contra o INSS, com lotes em Porto Seguro (BA) e valores iniciais de R$ 106.500 a R$ 218.250, após sequestro judicial de 12 imóveis e bloqueio de até R$ 10 milhões.

As investigações revelam esquemas que envolvem funcionários públicos, advogados, falsificadores e operadores de saque, evidenciando a complexidade e o alcance das fraudes contra o sistema previdenciário. A Caixa Econômica Federal afirmou colaborar com as autoridades, aplicando medidas disciplinares quando necessário.

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