O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, revelou que a Rússia decidiu abandonar o apoio militar a Bashar al-Assad após negociações com rebeldes que tomaram o poder no país em dezembro do último ano. A revelação aconteceu nesta sexta-feira (12/9), durante entrevista à televisão estatal do país.
De acordo com al-Sharaa, o acordo aconteceu durante o avanço do Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) na cidade de Hama. Forças russas que atuavam no local teriam concordado em se retirar da região e da cena militar da Síria no geral. Os termos das negociações, porém, não foram revelados.
Desde o início da guerra civil na Síria, em 2011, a Rússia atuava como um dos principais aliados internacionais do governo de Bashar al-Assad. Os russos mantinham, inclusive, bases militares no país do Oriente Médio, e apoiavam o antigo regime na luta contra grupos insurgentes que tentavam chegar ao poder.
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Tudo mudou em dezembro de 2024, após 13 anos de um conflito civil sangrento. Após tomarem importantes regiões do território sírio, grupos rebeldes liderados pelo HTS de Ahmed al-Sharaa chegaram à capital do país, Damasco, e derrubaram o governo de Assad sem muitos esforços.
Apesar do “abandono” militar, o governo de Vladimir Putin concedeu asilo político para Assad, e o ajudou a deixar a Síria em meio ao avanço dos rebeldes com passados ligados ao jihadismo e a Al-Qaeda.
