Safra 2024/25 bate recorde e ultrapassa 350 milhões de toneladas no Brasil

O anúncio ocorreu em Brasília, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Carlos Fávaro, Paulo Teixeira e do presidente da estatal, Edegar Preto

A safra nacional de grãos atingiu um patamar histórico no ciclo 2024/25, totalizando 350,2 milhões de toneladas, segundo dados divulgados pela Conab nesta quinta-feira (11). O volume supera em mais de 25 milhões de toneladas a produção registrada em 2022/23.

O anúncio ocorreu em Brasília, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Carlos Fávaro, Paulo Teixeira e do presidente da estatal, Edegar Preto.

O levantamento apontou recordes em diversas culturas. A soja alcançou 171,5 milhões de toneladas, com destaque para Goiás, que registrou a maior produtividade, e o Rio Grande do Sul, que enfrentou perdas devido ao clima. O milho também teve safra inédita, chegando a 139,7 milhões de toneladas, resultado de ganhos nas três etapas de cultivo. O algodão, por sua vez, deve render 4,1 milhões de toneladas de pluma, enquanto o arroz alcançou 12,8 milhões de toneladas, crescimento de mais de 20% em relação ao ciclo anterior.

Outros produtos, como feijão e trigo, também foram avaliados. O feijão deve atingir 3,1 milhões de toneladas, suficiente para garantir o abastecimento interno. Já o trigo teve redução de área, mas manteve recuperação de produtividade, com produção estimada em 7,5 milhões de toneladas.

Durante o evento, os ministros destacaram os avanços obtidos pelo setor. Carlos Fávaro ressaltou que os últimos três anos foram marcados por recordes no Plano Safra, nas exportações e na produção, o que contribuiu para a queda nos preços dos alimentos. Paulo Teixeira comentou que, mesmo com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, as exportações brasileiras seguem firmes, já que os consumidores americanos continuam demandando produtos nacionais.

Fávaro também criticou a gestão anterior por ter cogitado o fechamento da Conab, enquanto Geraldo Alckmin defendeu a importância da estatal na regulação de preços e no equilíbrio de mercado. Já Edegar Preto destacou que os estoques públicos de alimentos foram retomados após mais de uma década, com compras de arroz, trigo, milho e feijão.

O governo ainda anunciou a liberação de R$ 12 bilhões para renegociar dívidas de produtores que sofreram perdas por problemas climáticos.