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Trump critica condenação de Bolsonaro e compara caso ao que enfrentou nos EUA

Por Brasil Direto

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Trump diz que suspeito de matar Charlie Kirk está preso: “Nós o temos”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (11) que ficou “surpreso” e “muito descontente” com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF (Supremo Tribunal Federal), acusado de tentativa de golpe de Estado.

Questionado sobre a possibilidade de aplicar novas sanções a autoridades brasileiras, Trump não deu detalhes, mas afirmou que “o STF conseguiu com Bolsonaro o que tentaram fazer comigo nos EUA”.

“Eu assisti ao julgamento. Eu o conheço bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil. Ele era um homem bom, e não vejo isso acontecendo”, disse Trump ao deixar a Casa Branca.

O republicano classificou o julgamento como “terrível” e “ruim” para o país sul-americano. “Estou muito descontente com isso. Eu conheço o presidente Bolsonaro, não tão bem, mas o conheço como líder de um país. E sempre o considerei muito direto, muito excepcional, na verdade, como homem, um homem muito excepcional. Acho que é algo terrível. Muito terrível. Acho que é muito ruim para o Brasil”, afirmou.

Trump relacionou o caso de Bolsonaro à sua própria situação, quando se tornou réu em agosto de 2023, acusado de tentar subverter as eleições de 2020 nos EUA. Entretanto, em novembro de 2024, após sua eleição, o procurador especial Jack Smith pediu o arquivamento do processo, argumentando que presidentes em exercício não podem ser processados.

O processo contra Trump foi iniciado a partir de uma investigação sobre suas ações para permanecer no poder, que culminaram no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, após um discurso inflamado do republicano perto da Casa Branca. No entanto, Trump conseguiu se livrar da ação e de suas consequências.

Aliados de Bolsonaro aguardam a possibilidade de novas sanções contra autoridades brasileiras, incluindo membros do STF e do governo federal. Entre as medidas em análise pelos EUA estão restrições de vistos, punições financeiras e até a suspensão de algumas das 700 exceções aplicadas pelo governo americano sobre tarifas de produtos importados do Brasil.

O governo Trump já havia suspenso vistos de ministros do STF, como Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, além do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. Também foram cancelados vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em retaliação suposta ao Programa Mais Médicos.

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