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Aliados de Bolsonaro aguardam definição do candidato à Presidência

Por Brasil Direto

Os partidos de direita aguardam a decisão de Jair Bolsonaro (PL) sobre quem será seu candidato à Presidência em 2026, para definir alianças e chapas nos estados considerados estratégicos para a disputa nacional.

O bolsonarismo tem nomes fortes ao Senado em pelo menos 13 estados, concentrados principalmente nas regiões Centro-Sul do país. A Casa é vista como prioridade por Bolsonaro, que já declarou sonhar em formar uma maioria parlamentar capaz de “ter mais poderes que o próprio presidente da República”, com o objetivo de influenciar decisões e, inclusive, processos de impeachment de ministros do STF.

A estratégia prevê que uma das vagas em cada estado seja indicada diretamente por Bolsonaro e a outra por partidos aliados. A articulação, porém, depende da definição do nome que disputará o Planalto — possibilidade que envolve figuras como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Jr. (PSD) e até membros da família Bolsonaro.

O cenário permanece indefinido no PSD, partido que hoje apoia tanto o governo Lula (PT) quanto o de Tarcísio em São Paulo. O governador paulista tem reiterado que buscará a reeleição, o que pode alterar os planos nacionais.

Em 2022, o bolsonarismo conquistou 56% das cadeiras do Senado em disputa, e busca ampliar a presença em 2026, quando 54 vagas estarão em jogo. Para alcançar maioria absoluta, o grupo precisaria de um desempenho inédito.

Entre os estados mais estratégicos estão Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná, onde as definições para o Senado dependerão diretamente do cenário presidencial.

No Rio, além de Flávio Bolsonaro, o PL avalia nomes como o governador Cláudio Castro, o senador Carlos Portinho e o deputado Sóstenes Cavalcante. Em São Paulo, o plano inclui o secretário Guilherme Derrite (PP) e o deputado Eduardo Bolsonaro, embora as investigações e sua permanência nos EUA possam inviabilizar sua candidatura.

Outros nomes de destaque no campo bolsonarista incluem Michelle Bolsonaro (DF), Carlos Bolsonaro (SC), Cristina Graeml (PR), Carlos Viana (MG) e Márcio Bittar (AC), entre diversos aliados do PL e de partidos próximos.

Apesar da força política, analistas apontam que o desafio do grupo será manter a unidade, especialmente diante de candidaturas regionais concorrentes e da influência crescente de partidos de centro, como o PSD e o Republicanos.

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