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Dono do Riacho City é intimado após acusar secretário do TJD-DF de forjar e-mails

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Dono do Riacho City é intimado após acusar secretário do TJD-DF de forjar e-mails

O presidente do Riacho City, clube da segunda divisão do Campeonato Candango, se envolveu em uma nova confusão nos bastidores do futebol do Distrito Federal. Ele foi condenado a 60 dias de suspensão e pagamento de multa no valor de R$ 10 mil pelo Tribunal de Justiça Desportiva do DF (TJD-DF) após debochar do tribunal em uma troca de e-mails. Durante sua própria defesa no julgamento, acusou um secretário da Corte esportiva de ter forjado os documentos.

Antônio Teixeira (foto em destaque), conhecido como “Pastor” no futebol do DF, disse, durante uma sessão do TJD-DF que estava sendo julgado por causa de e-mails que o secretário da Corte, Ben Hur Campos, teria falsificado.

Os e-mails, aos quais o Metrópoles teve acesso, estão relacionados a outro processo na Justiça desportiva envolvendo o dirigente. Nos documentos, o TJD-DF pede que o presidente do Riacho City acuse o recebimento do resultado.

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No entanto, o “Pastor” responde em tom de deboche. “Recebi e quero que vocês se lasquem! Quem manda em Brasília sou eu. Quero ver vocês fazerem alguma coisa. Sou advogado há mais de 20 anos aqui em Brasília. Vocês conseguem fazer nada contra mim! Eu tenho poder aqui!”, afirmou Antônio Teixeira, em 2 de outubro.

Dois dias depois, respondendo a um novo e-mail do TJD-DF, ele voltou a desdenhar da punição recebida pelo tribunal. “Recebido e não vou pagar nada! Quem manda em Brasília sou eu”, proclamou.

Porém, em 9 de outubro, o “Pastor” parece se mostrar arrependido e em outra troca de e-mails com o tribunal desportivo, chega a “confessar” que “destruiu muitos sonhos”.

“Percebi que realmente estou errado e quero cumprir minhas penas. Por favor, me penalize de todas as maneiras possíveis. Estou cansado de atrapalhar o futebol do DF. Já destruí muitos sonhos de maneiras injustas. Trago jovens de longe, os tiro de suas casas, às vezes os deixo com fome. Isso precisa acabar. Não aguento mais mentir”, desabafou em ironia.

Manipulação

Por causa da reação, o dirigente voltou a ser acusado e julgado pela Justiça desportiva. Durante a sessão, na terça-feira (21/10), Antônio Teixeira acusou Ben Hur Campos de ter manipulado os e-mails.

“Quem fez isso, me vendeu perante os senhores, por um preço muito barato. É uma pessoa que não respeita, é louca e é drogada. E eu atribuo essa ilicitude exatamente ao senhor secretário do tribunal, Ben Hur”, disse.

Na sequência, o secretário acusado interrompe a fala de Antônio Teixeira. “Era tudo que eu queria ouvir. Está ótimo. O senhor vai ter que provar isso”, alertou. Ben Hur registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil (PCDF), por calúnia.

Confira:

A reportagem entrou em contato com Antônio Teixeira, para comentar sobre o caso. Porém, até a última atualização desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

Outros problemas

O dirigente já se envolveu em outras polêmicas. Ainda em outubro, ele foi acusado de ofender, agredir física e verbalmente e ameaçar com uma faca um atleta do próprio elenco. O jogador registrou boletim de ocorrência na PCDF, que investiga o caso.

O histórico de Antônio Teixeira também é recheado de problemas, que vão desde promessas falsas de pagamentos de altos salários a jogadores, até falta de uniformes e itens básicos de treinos, como bolas e coletes, conforme o Metrópoles mostrou em uma reportagem publicada em setembro.

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