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GAC GS4 é SUV híbrido com porte de Haval H6 e preço de Corolla Cross

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GAC GS4 é SUV híbrido com porte de Haval H6 e preço de Corolla Cross

O GAC GS4 é mais um integrante do concorrido segmento dos SUVs médios híbridos que ocupam a faixa dos R$ 200.000. Ou seja, ele chega para brigar contra BYD Song Pro, GWM Haval H6, Toyota Corolla Cross e Jaecoo 7, e tem alguns artifícios para buscar seu lugar ao sol.

GAC GS4 é SUV híbrido com porte de Haval H6 e preço de Corolla Cross

Por enquanto, o GS4 é o único carro híbrido da GAC à venda no Brasil. Justamente por isso, é o de maior potencial de mercado e o que tem vendido mais por aqui. De junho a setembro deste ano, foram vendidas 1.048 unidades. O segundo lugar fica para o SUV elétrico Aion V, com 354 unidades. Isso de acordo com os números da ABVE. São números ainda tímidos, mas bons pra uma marca recém-chegada, entre tantas outras chinesas.

Ele é vendido em duas versões. Como opção de entrada, há a Premium, de R$ 191.990. Logo acima, a topo de linha Elite, de R$ 209.990. Testamos a versão mais cara do SUV.

De visual, não dá para negar que o GS4 chama atenção e tem personalidade. A dianteira tem recortes diagonais com apliques cromados nas partes internas e, os faróis, full led automáticos nos fachos alto e baixo, também têm formato que foge do comum. Ainda na parte frontal, o modelo tem apenas câmera, sem sensores de estacionamento.

GAC GS4

A lateral do SUV também é chamativa pelas proporções, pelo friso cromado nas janelas e pelos vincos bem marcados. As maçanetas são embutidas e saem quando o carro é destrancado, e as rodas são de 19 polegadas com pneus 235/55. 

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Atrás, ele se diferencia dos concorrentes por não ter lanternas horizontais interligadas, mas verticais, ao lado do vidro. Elas, aliás, também têm aparência diferenciada, com traços retos e lentes pontiagudas. Por outro lado, há certo exagero visual no spoiler e no para-choque, que sugerem uma esportividade inexistente no SUV híbrido.

Caso você ainda não tenha visto um pessoalmente, o GS4 tem porte de Haval H6. Ou seja, ele é maior do que os outros concorrentes, com 4,68 metros de comprimento. O entre-eixos é de 2,75 m, 5 cm maior do que em um BYD Dolphin – mas não se apegue tanto à ficha técnica.

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Interior caprichado, mas com elementos duvidosos

A cabine do GS4 mostra cuidado no acabamento, que tem materiais emborrachados, revestimentos na porção central do painel e boa mescla de texturas e brilhos. Também há aparente qualidade na montagem, de vãos regulares, e quantidade suficiente de porta objetos.

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Por outro lado, ele ainda tem detalhes que remetem a épocas anteriores (e que não se sente saudades) de carros chineses. A porção central com um grande elemento redondo, como um tubo, dá personalidade ao modelo, mas parece antiquado. O mesmo para as maçanetas das portas, arredondadas, que parecem ainda carecer de um material de melhor qualidade. Também há impressão de fragilidade em um seletor de temperatura no painel, localizado ao fim do “tubo” central descrito há pouco.

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O quadro de instrumentos tem 10,25″, com boa leitura e layout agradável (com duas opções de visualização), mas não grava as preferências deixadas anteriormente. A multimídia, de 10,1″, tem layout também dos chineses mais antigos, com muitos artifícios e cores. Seria melhor se mais sóbria.

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Além disso, a multimídia tem Apple CarPlay sem fio, mas o sistema é instável e, durante os dias de teste, foi preciso excluir e reconectar o smartphone por diversas vezes.

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Não há Android Auto, mas, como em outros chineses que já passaram pelo mercado brasileiro, a GAC instalou um dispositivo que espelha a tela de celulares Android na multimídia, apenas via cabo. O sistema de som, mesmo assinado, poderia ser melhor e ter graves mais pronunciados.

GAC GS4

 

Indo além do já citado, o GAC GS4 Elite tem ainda teto panorâmico, bancos dianteiros elétricos com ventilação, seis airbags, luzes ambiente, câmera 360, head-up display e carregador de celular sem fio. O ar-condicionado é automático e digital, mas só tem uma zona.

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O pacote ADAS inclui alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, alerta de tráfego cruzado traseiro, assistente de mudança de faixa, assistente de permanência em faixa, alertas de pontos cegos e piloto automático adaptativo.

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Para concluir o interior, o GS4 é um dos mais espaçosos do segmento. Atrás, é possível levar três ocupantes sem problemas – e eles ainda terão saídas de ar-condicionado. Por outro lado, há apenas uma porta USB, e do tipo A, o mais antigo. O porta-malas tem abertura elétrica e imensos 638 litros de capacidade. 

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Entre BYD e GWM

O GS4 combina um motor 2.0 aspirado a gasolina de 140 cv e 18,4 kgfm, a um elétrico dianteiro de 182 cv e 30,6 kgfm. A potência combinada é de 235 cv, a mesma do Song Pro. Mas não há o torque combinado divulgado pela marca.

É um conjunto híbrido desenvolvido em parceria com a Toyota e, assim como nos carros da japonesa, o sistema é um híbrido pleno, ou o HEV, que você não precisa recarregar por redes externas. A pequena bateria de 2,1 kWh se mantém pela energia regenerada em frenagens e desacelerações, e pelo motor a combustão. 

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Inclusive, diferente dos Toyota, o nível da bateria está sempre perto da metade, ela nunca fica muito vazia ou muito cheia. Isso é bom porque o motor elétrico está sempre atuando, mas também é ruim, porque o motor a combustão está sempre gerando alguma energia para a bateria. Ou seja, gastando combustível.

No anda e para, o motor elétrico é bem suficiente por seus números robustos, ele empurra o SUV com força. O motor a combustão começa a funcionar de forma discreta, mas, em funcionamento, ele é ruidoso. Em algumas situações de velocidades menores, quando a bateria fica mais descarregada e ele serve de gerador, faz-se um ruído como se o motorista estivesse segurando a troca de marcha. É incômodo. 

GAC GS4

 

Mas no geral, é um conjunto que dá um ótimo desempenho. Nos nossos testes, ele foi de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos. O Haval HEV fez 8,8 s e, o Song Pro, fez 8,5 s. E dá para sentir esse bom desempenho. Ele tem ótimas acelerações e retomadas, e nem parece ser tão grande como é. Isso também é uma vantagem. No consumo, ele fez as médias de 14,6 km/l na cidade e 12,7 km/l na estrada. Bons números.

Outro ponto positivo é a dirigibilidade. É um carro com direção e suspensão calibradas no ponto certo. É menos macia do que no Song Pro, mas não chega a ser firme como no Haval. É um meio termo que deixa o carro estável, mas confortável, ideal para o dia-a-dia. E isso surpreende para uma marca chinesa recém chegada ao Brasil. 

Veredicto

É um bom carro, que tem seus altos e baixos, mas que está no mesmo nível da concorrência, então merece ser considerado – especialmente na versão topo de linha, Elite.

Ficha Técnica – GAC GS4

Motores: dianteiro, 2.0, gasolina, 140 cv e 18,3 kgfm; elétrico, 182 cv e 30,6 kgfm; potência combinada, 235 cv
Bateria: íons de lítio (NMC), 2,1 kWh
Câmbio: automático, 2 marchas, tração dianteira
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.) sólido (tras.)
Pneus: 235/55 R19
Dimensões: compr., 468 cm; larg., 190,1 cm; alt., 166 cm; entre-eixos, 275 cm; peso, 1.673 kg; porta-malas, 638 l

Teste Quatro Rodas

Aceleração
0 a 100 km/h 8,5 s
0 a 1.000 m 30,6 s / 161,7 km/h
Velocidade máxima n/d
Retomadas
D 40 a 80 km/h 3,6 s
D 60 a 100 km/h 5 s
D 80 a 120 km/h 6,4 s
Frenagens
60/80/120 km/h a 0 14,4/25,9/59 m
Consumo
Urbano 14,6 km/l
Rodoviário 12,7 km/l
Ruído interno
Neutro/RPM máx. 42,7/- dBA
80/120 km/h 59,6/66,1 dBA
Aferição
Velocidade real a 100 km/h 98 km/h
Rotação do motor a 100 km/h 1.900 rpm
Volante 2,5 voltas
SEU Bolso
Preço R$ 209.990
Garantia 5 anos

 

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