Um agente federal dos Estados Unidos passou mais de um ano tentando convencer o piloto pessoal do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a trair o líder e entregar o avião presidencial às autoridades americanas. A trama, revelada pela Associated Press (AP), envolveu encontros secretos, promessas de fortuna e uma tentativa frustrada de capturar o ditador.
A proposta partiu do agente Edwin Lopez, que se reuniu em 2024 com o piloto, identificado como General Bitner Villegas, em um hangar na República Dominicana. Durante a conversa, Lopez ofereceu dinheiro e garantias de segurança, afirmando que o militar “seria amado por milhões de compatriotas” se colaborasse. O piloto não aceitou o acordo, embora tenha trocado contatos com o americano.
Mesmo após se aposentar, Lopez continuou enviando mensagens a Villegas, tentando convencê-lo de que “ainda havia tempo para ser o herói da Venezuela”. O piloto, porém, rejeitou as investidas e afirmou que “a última coisa que somos é traidores”.
Após a recusa definitiva, opositores de Maduro divulgaram publicamente fotos do encontro entre o agente e o piloto, tentando semear desconfiança dentro do regime. O episódio gerou rumores sobre uma possível retaliação de Maduro, mas Villegas reapareceu dias depois em um programa de TV estatal, sendo exaltado como “patriota inabalável”.