Ícone do site Brasil Direto Notícias

PF cobra ressarcimento de R$ 2 milhões por segurança de ministros e autoridades

Por Brasil Direto

quadrilha-que-fraudava-cnu-e-alvo-de-operacao-da-policia-federal

Quadrilha que fraudava CNU é alvo de operação da Polícia Federal

Após ampliar seu papel na proteção de autoridades, a Polícia Federal passou a cobrar do governo Lula e do Supremo Tribunal Federal (STF) o ressarcimento dos custos com essas operações. Segundo documento obtido pela imprensa, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, solicitou ao ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) a recuperação de R$ 2 milhões gastos com diárias e passagens no primeiro semestre de 2025.

No ofício, Andrei destaca que a corporação assumiu novas responsabilidades sem que o orçamento acompanhasse a expansão das atividades. Desde 2023, parte da segurança de ministros e autoridades — antes sob o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) — passou à PF, após o governo petista demonstrar desconfiança em relação à atuação de militares ligados à antiga gestão.

Com a criação da Diretoria de Proteção à Pessoa (DPP), a PF passou a coordenar, de forma híbrida com o GSI, a segurança do presidente, ministros e outras autoridades. O modelo inclui agentes da Força Nacional e prevê a abertura de núcleos especializados em todos os estados.

Entre os nomes protegidos pela PF estão ministros do STF (como Alexandre de Moraes e Dias Toffoli) e membros do governo, como Marina Silva, Anielle Franco, Sonia Guajajara, Nísia Trindade e Alexandre Padilha, além do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. As despesas incluem viagens nacionais e internacionais, como a de Flávio Dino à Itália, cujo acompanhamento policial custou cerca de R$ 170 mil.

O Ministério da Justiça confirmou que a própria PF ficará responsável por cobrar os valores, e que parte do montante poderá vir de uma suplementação de R$ 30 milhões solicitada pela corporação.

A criação da DPP também reflete a preocupação com a segurança política após episódios de violência e tentativas de golpe que marcaram o último ciclo eleitoral. Além de reforçar a proteção de autoridades e dignitários estrangeiros, a PF busca maior presença política e institucional junto ao governo.

O plano do ministério prevê ainda a criação de delegacias de segurança de dignitários em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, com núcleos menores nos demais estados, para tornar a resposta mais rápida e uniforme diante da crescente demanda por escoltas e proteção federal.

Sair da versão mobile