Os crânios e fragmentos ósseos encontrados pela Polícia Militar no último sábado (18), em um apartamento localizado na rua Guarará, bairro Jardim Paulista, zona oeste de São Paulo, foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde passam por análise conduzida pelo Núcleo de Antropologia Forense.
De acordo com informações do IML, foram recebidos 22 crânios e diversos outros ossos, alguns deles de origem não humana — número superior ao inicialmente divulgado, quando se acreditava tratar-se de 12 crânios.
Fontes ligadas ao processo de identificação afirmaram ao jornal Folha de S.Paulo que será difícil determinar a quem pertenciam os restos mortais, já que se tratam de vestígios antigos, possivelmente provenientes de furtos em cemitérios.
O apartamento onde o material foi descoberto pertencia a um idoso de 79 anos, falecido no dia 13 deste mês. Familiares, ao entrarem no local para recolher seus pertences, encontraram ossos e lápides, o que motivou o acionamento da Polícia Militar. Durante a vistoria, os agentes localizaram outras ossadas espalhadas por diferentes cômodos do imóvel.
Uma das caixas encontradas, ainda lacrada, foi isolada para não comprometer o trabalho da perícia. As autoridades trabalham com a hipótese de que os restos mortais tenham sido retirados ilegalmente de cemitérios paulistanos.
O caso, que despertou curiosidade entre os moradores da região de classe média, é investigado pelo 78º Distrito Policial (Jardins). O resultado dos laudos periciais deve orientar os próximos passos da investigação.
Vizinhos relataram que o idoso era figura conhecida no bairro, frequentemente visto caminhando pela rua Guarará e em bares das proximidades.