O presidente da Rússia, Vladimir Putin, supervisionou nesta quarta-feira (22/10) um grande exercício das forças nucleares estratégicas do país, envolvendo lançamentos de mísseis em terra, mar e ar. Segundo o Kremlin, o treinamento teve como objetivo testar a prontidão das estruturas de comando e o controle operacional das tropas em um momento de crescente tensão entre o Leste e o Ocidente.
De acordo com comunicado oficial, o teste incluiu o disparo de um míssil balístico intercontinental Yars, lançado do cosmódromo de Plesetsk, que atingiu o campo de testes de Kura, em Kamchatka.
No mar, o submarino nuclear Bryansk lançou um míssil Sineva a partir do Mar de Barents. Já no ar, aeronaves estratégicas Tu-95MS realizaram o lançamento de mísseis de cruzeiro com capacidade nuclear.
Confira:
O Centro Nacional de Controle de Defesa da Rússia coordenou toda a operação. “O exercício testou o nível de preparação do comando militar e as habilidades práticas do pessoal na organização do controle das forças subordinadas. Todas as tarefas foram concluídas com sucesso”, informou o Kremlin.
Cúpula na Hungria sob incerteza
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última semana uma nova cúpula com Vladimir Putin, em Budapeste, na Hungria, entretanto o encontro parece “longe” de acontecer.
- Assessores do governo de Trump sinalizaram não haver planos imediatos para a reunião, contrariando a intenção do republicano, que na última semana havia determinado “agilizar a cúpula” com o russo.
- O norte-americano mandou um recado ao líder do Kremlin nessa terça-feira (21/10), afirmando não querer uma “reunião desperdiçada”. “Não quero perder tempo. Então, vou ver o que acontece”, afirmou.
- O governo húngaro segue confiante que a cúpula irá acontecer rapidamente mesmo com “tentativas de boicote da União Europeia”.
“Gerenciamento estratégico de força”
Putin destacou que o treinamento faz parte da rotina de defesa nacional. “Hoje temos um exercício de gerenciamento estratégico de forças nucleares agendado. Vamos trabalhar”, disse o presidente ao conversar com militares russos.
As chamadas forças de dissuasão estratégica da Rússia têm como missão impedir agressões contra o país e seus aliados, podendo atuar tanto com armamentos convencionais quanto nucleares. Elas englobam mísseis intercontinentais, bombardeiros de longo alcance e submarinos equipados com ogivas.
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O exercício ocorreu enquanto a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) também realizava o Steadfast Noon, seu próprio treinamento nuclear anual. A operação, conduzida pela Bélgica e pela Holanda, conta com cerca de 60 aeronaves, incluindo caças F-35A e bombardeiros B-52.
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O presidente russo, Vladimir Putin discursa no Fórum Internacional de Energia Russa em Moscou
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