VW T-Cross tem nota rebaixada para três estrelas em segurança na Europa

O Volkswagen T-Cross, um dos SUVs mais vendidos do Brasil, teve sua nota rebaixada no teste de colisão do Euro NCAP, a mais rigorosa agência de segurança automotiva da Europa. O modelo alcançou três de cinco estrelas possíveis, perdendo duas estrelas em comparação ao primeiro teste, feito em 2019.

A nova avaliação foi motivada pela atualização nos protocolos do Euro NCAP aplicadas neste ano. Os sistemas de segurança do T-Cross não conseguiram acompanhar as exigências do teste de colisão e o resultado o coloca no mesmo patamar de modelos de marcas chinesas de baixo custo, como o MG5 e o Dongfeng Box.

A performance do T-Cross nos testes de colisão e avaliação de tecnologias foi mista. A proteção para ocupantes adultos foi de 74%, um índice considerado baixo para os padrões atuais do Euro NCAP. A proteção para crianças foi melhor, atingindo 81%. Ainda assim, foram os dois resultados que impediram o SUV da VW de receber uma nota pior.

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Onde o SUV da Volkswagen mais falhou foi na proteção de usuários vulneráveis das vias (pedestres e ciclistas), com um índice de 60%; e nos sistemas de assistência ao motorista (ADAS), com apenas 57%.

Segundo o Euro NCAP, o sistema de frenagem autônoma de emergência (AEB) do T-Cross apresentou um desempenho “marginal” na prevenção de colisões com outros veículos. Embora tenha sido capaz de evitar impactos em alguns cenários, sua eficácia foi limitada em outros.

Teste de colisão do VW T-Cross no Euro NCAP
Divulgação/Euro NCAP
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Outro ponto crítico foi a ausência de um sistema que impedisse o motorista de abrir a porta caso um ciclista esteja se aproximando. A agência também criticou a falta de um sistema de detecção de fadiga do motorista, item presente em muitos concorrentes diretos.

Apesar da nota baixa na Europa, é importante ressaltar que o protocolo do Euro NCAP é mais rigoroso que o do Latin NCAP, que avaliou o T-Cross fabricado no Brasil em 2019 e concedeu nota máxima de cinco estrelas.

Contudo, os testes do órgão latino-americano também se tornaram mais exigentes desde então, aplicando um novo protocolo desde 2020 e a organização ainda prepara uma nova atualização para 2026.

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