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Agente do Detran-DF e bombeiro cobravam R$ 150 para fraudar documentos

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Agente do Detran-DF e bombeiro cobravam R$ 150 para fraudar documentos

O segundo-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Aldo Henrique Gomes Costa, e o agente do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), Bruno Cesar Fernandes da Silva, foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (6/11), durante a Operação Wrong Way, deflagrada por policiais civis da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). Os investigados negam envolvimento em qualquer tipo de esquema criminoso. (Confira nota abaixo)

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De acordo com as investigações, os servidores cobravam R$ 150 para emitir Autorizações de Transferência de Propriedade de Veículo (ATPV-e) sem realizar a conferência da documentação obrigatória, burlando as exigências legais.

Os dois alvos são sócios da loja Eurocar Comércio de Veículos, situada na Cidade do Automóvel, onde foram realizadas buscas pela polícia. As diligências — tanto na empresa quanto nas residências dos investigados — foram acompanhadas pelas corregedorias do CBMDF e do Detran-DF, em razão de ambos serem servidores públicos das forças de segurança.

Veja imagens da operação:

9 imagensEmbaixo da camaQuarto de um dos investigadosOperação da 18ª DPPCDF na loja dos investigadosBuscas na loja na Cidade do AutomóvelFechar modal.1 de 9

Buscas nas casas dos empresários

Reprodução / PCDF2 de 9

Embaixo da cama

Reprodução / PCDF3 de 9

Quarto de um dos investigados

Reprodução / PCDF4 de 9

Operação da 18ª DP

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova5 de 9

PCDF na loja dos investigados

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova6 de 9

Buscas na loja na Cidade do Automóvel

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova7 de 9

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova8 de 9

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova9 de 9

Luis Nova/Especial Metrópoles @LuisGustavoNova

Afastamento e apuração administrativa

O Detran informou que os servidores identificados na operação serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar (PAD), instaurado pela corregedoria do departamento. O órgão reforçou que mantém o sigilo necessário para assegurar a integridade e o regular andamento do inquérito.

O Metrópoles entrou em contato com a assessoria do CBMDF e tenta localizar a defesa do agente do Detran-DF, do sargento do CBMDF e da loja Eurocar. O texto será atualizado caso haja manifestação.

Mais detalhes da Operação Wrong Way:

Além disso, há indícios de lavagem de dinheiro, com uso de contas bancárias de familiares para ocultar a origem dos recursos ilícitos. A Operação Wrong Way segue em andamento e novas diligências ainda poderão ocorrer para identificar a extensão exata da atuação da dupla e de possíveis outros envolvidos no esquema de transferências ilegais de veículos no Distrito Federal.

Empresários envolvidos:

Documentos, computadores e celulares apreendidos serão submetidos a perícia técnica.  Os levantamentos também revelaram movimentações financeiras incompatíveis com a renda dos investigados. Em alguns casos, valores movimentados chegavam a dez vezes o salário mensal dos servidores.

Resposta dos investigados

Em nota, a defesa dos servidores investigados informou, na tarde desta quinta-feira (6/11), que o inquérito apura a conduta de 45 pessoas e os nomes do Segundo-Sargento Aldo Henrique e o do agente Bruno Cesar constam na lista apenas por serem os proprietários da loja e não são operadores de nenhum esquema.

“É fundamental esclarecer que o inquérito policial apura a conduta de um universo de 45 investigados, sendo o Segundo-Sargento Aldo Henrique e o Agente Bruno
Cesar apenas dois deles pelo simples fato de serem proprietários da loja, e jamais foram colocados como operadores ou investigados. A ênfase desproporcional dada a seus nomes sugere uma tentativa de pré-julgamento e de desvio do foco da totalidade dos fatos. Registra-se que consta um servidor do Detran que vem sendo investigado que não se relaciona aos aqui qualificados. Ressaltamos que o processo em questão tramita sob Segredo de Justiça, conforme determinação judicial, o que impõe a todas as partes o dever de sigilo e cautela na divulgação de informações”, diz a nota.

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