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Fome se alastra no Sudão e agrava maior crise humanitária do mundo

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Fome se alastra no Sudão e agrava maior crise humanitária do mundo

A guerra civil no Sudão do Sul entrou em uma nova e devastadora fase nos últimos dias. Após mais de 18 meses de combates entre o Exército e as Forças de Apoio Rápido (RSF), o país vive o que a ONU classifica como a maior crise humanitária do planeta. A fome já atinge milhões de pessoas, especialmente na região de Darfur, onde o colapso total dos serviços e o cerco militar dificultam qualquer forma de socorro.

Segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), cerca de 26 milhões de sudaneses enfrentam insegurança alimentar grave, e quase 5 milhões estão à beira da fome extrema.

Na última semana, Rebeldes do Sudão mataram mais de 460 civis em um hospital durante a tomada da cidade de El-Fasher, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O massacre ocorreu na Maternidade Saudita de El-Fasher, a última grande unidade médica em funcionamento na região de Darfur que ainda não estava sob controle das Forças de Apoio Rápido.

O bloqueio de estradas, a destruição de armazéns e os saques em comboios humanitários tornaram o envio de alimentos quase impossível. A cidade de El-Fasher, último reduto controlado pelo Exército em Darfur, caiu recentemente nas mãos das forças paramilitares, intensificando o cerco e ampliando o sofrimento civil.

“Estamos vendo comunidades inteiras morrerem de fome diante de nossos olhos. A resposta internacional está muito aquém do necessário”, alertou Cindy McCain, diretora-executiva do PMA, em comunicado divulgado na última sexta-feira (31/10).

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Contexto do conflito

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Eva-Maria Krafczyk via Getty Images

Violência e deslocamento

Desde o início do conflito, em abril de 2023, a ONU estima que mais de 10 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, transformando o Sudão na maior crise de deslocamento interno do mundo.

Campos de refugiados superlotados se espalham nas fronteiras com o Chade, Sudão do Sul e Egito, onde faltam água, abrigo e medicamentos.

Relatórios da Anistia Internacional e da Human Rights Watch descrevem massacres étnicos e execuções sumárias em Darfur, especialmente contra comunidades Masalit.

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