A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na segunda-feira (3), o décimo suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública, o homem foi localizado no bairro do Grajaú, zona sul da capital, e já possuía histórico criminal por crimes como receptação, porte ilegal de arma e furto.
Durante a ação, os agentes apreenderam uma pistola calibre .380. Com essa prisão, o número de detidos sobe para dez, enquanto dois suspeitos seguem foragidos e um envolvido já foi morto.
Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi morto no dia 15 de setembro, em Praia Grande, litoral paulista. Ele foi alvo de uma emboscada e baleado logo após deixar a sede da prefeitura, onde exercia o cargo de secretário municipal de Administração.
Conhecido por seu combate à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Fontes chefiou a Polícia Civil do Estado entre 2019 e 2022. Em 2006, ganhou notoriedade ao indiciar toda a liderança da organização, incluindo seu principal nome, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Os investigadores apuram uma possível relação entre o homicídio e uma licitação de aproximadamente R$ 24 milhões realizada pela Prefeitura de Praia Grande no mês de setembro. Segundo apuração do Estadão, essa concorrência pública pode ter afetado interesses de grupos criminosos.
No início de outubro, o subsecretário de Gestão e Tecnologia da cidade, Sandro Rogério Pardini, e outros quatro servidores municipais foram alvos de mandados de busca e apreensão. Na casa de Pardini, a polícia encontrou três armas de fogo, R$ 50 mil em espécie, mil euros, 10 mil dólares, além de celulares e computadores.
A defesa do subsecretário declarou que ele “nega veementemente qualquer envolvimento, direto ou indireto, com os fatos investigados” e reforçou que ele está à disposição das autoridades para colaborar com as apurações.