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Israel impõe prisão domiciliar a ex-procuradora que vazou vídeo

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Israel impõe prisão domiciliar a ex-procuradora que vazou vídeo

A ex-procuradora-geral do Exército Yifat Tomer-Yerushalmi, detida após admitir ter autorizado o vazamento de um vídeo que mostra soldados israelenses supostamente torturando um preso palestino, foi colocada em prisão domiciliar por dez dias, conforme determinação de um tribunal israelense.

Yifat foi presa nessa segunda-feira (3/11), três dias após anunciar sua demissão e, em seguida, admitir o vazamento do vídeo.

Entenda o caso

De acordo com a decisão judicial, a ex-procuradora só poderá deixar a residência após notificar previamente a unidade de investigação e apenas para se reunir com o advogado.

Ela também está proibida de contatar outras pessoas envolvidas no caso do vídeo por cerca de 55 dias, segundo a Al Jazeera.

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No último domingo (2/11), o caso ganhou repercussão após o carro de Yifat ser encontrado próximo a uma praia no norte de Tel Aviv, o que levantou boatos sobre uma possível tentativa de suicídio. A polícia israelense negou a hipótese horas depois e informou que ela estava viva e sem ferimentos.

Na carta de renúncia, divulgada na sexta, Yifat confirmou que autorizou o vazamento em agosto de 2024 para defender a credibilidade do departamento jurídico militar. Segundo ela, o órgão vinha sendo alvo de ataques políticos.

“Os detidos em Sde Teiman são terroristas (…) da pior espécie. É imperativo levá-los à Justiça. Contudo, isso não diminui nosso dever de investigar quando houver suspeita razoável de violência contra um detido”, afirmou ela no documento. “Infelizmente, esse entendimento básico — de que existem ações que jamais devem ser tomadas, mesmo contra os detentos mais vis — já não convence a todos.”

Ela afirmou, também, que aprovou a divulgação do material à mídia numa “tentativa de combater a propaganda falsa dirigida contra as autoridades militares responsáveis pela aplicação da lei”.

Contudo, o escândalo passou a ser usado por aliados do governo para tentar barrar punições ao reservistas.

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