O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou no fim da noite dessa sexta-feira (31/10) a nomeação de Manuel Adorni, seu porta-voz, como novo chefe do Gabinete de Ministros, após a renúncia de Guillermo Francos. A mudança marca o início de uma segunda fase de governo, com foco no aprofundamento de reformas estruturais e na renovação do diálogo político com governadores e outras forças políticas.
Francos deixou o cargo citando os “rumores persistentes sobre mudanças no Gabinete Nacional” e a necessidade de permitir que Milei conduza a nova etapa sem obstáculos. Aliado próximo de Francos, Lisandro Catalán, ministro do Interior, também renunciou, permanecendo, no entanto, apoiador do governo e do partido A Liberdade Avança.
Ele assumirá oficialmente na segunda-feira (3/11).
Em comunicado, a Presidência destacou que a escolha de Adorni “responde ao resultado das eleições, à necessidade de renovar o diálogo político e à segunda etapa que começa em 10 de dezembro, focada nas reformas estruturais que o país necessita”.
Adorni, por sua vez, agradeceu a Milei e à irmã, afirmando que aprofundar as reformas estruturais será prioridade em sua gestão.
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Mudanças no governo Milei
As mudanças se somam à recente saída do chanceler Gerardo Werthein, substituído pelo economista Pablo Quirno, e ocorrem em meio à reorganização de outros cargos, já que ministros de Justiça, Defesa e Segurança assumirão mandatos legislativos conquistados nas eleições de 26 de outubro.
Francos destacou que sua atuação incluiu iniciativas de diálogo com governadores e agradeceu pela oportunidade de servir ao país.
O movimento de Milei também sinaliza tentativa de apaziguamento político. Na quinta-feira (30/10), ele jantou com o ex-presidente Mauricio Macri, reforçando a intenção de diálogo e construção de acordos com diferentes forças políticas para viabilizar reformas no Congresso.
Com a nomeação de Adorni, Milei tenta consolidar sua equipe e garantir maior coordenação para implementar as mudanças propostas em áreas trabalhista, tributária e do Código Penal, essenciais para a segunda etapa do governo, que se inicia oficialmente em dezembro.
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