A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus, de forma unânime, os três homens apontados como responsáveis pela tentativa de atentado com bomba no Aeroporto de Brasília, ocorrido na véspera do Natal de 2022.
Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam, nesta quarta-feira (17/12), o voto de Alexandre de Moraes, relator do processo, e aceitaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O empresário George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e o blogueiro e jornalista Wellington Macedo de Souza já foram condenados pelo caso no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
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Posteriormente, parte do processo que trata dos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo foi remetida ao STF.
O julgamento é virtual. Após os votos dos ministros, é necessário aguardar a conclusão do julgamento, que termina às 23h59 da próxima sexta-feira (19/12), para que a decisão seja oficializada. Após isso, será aberta uma ação penal, em que o trio será julgado pela tentativa de atentado.
Condutas inconstitucionais
Na denúncia apresentada ao STF, a PGR afirmou que Wellington dirigiu o veículo por meio do qual o artefato explosivo foi levado ao aeroporto. Já Alan Diego confessou ter sido responsável pela colocação do artefato no caminhão que estava estacionado no local.
George, segundo a denúncia, “adquiriu R$ 60 mil em armamentos e explosivos” e “fez pesquisas na internet sobre explosivos, no YouTube e em plataforma de compras antes da data do atentado, além de ter acessado notícias sobre o fato”. A PGR considerou que ele “participou do planejamento do atentado”.
Em seu voto, Moraes afirmou que “são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, quanto aquelas que pretendam destruí-lo”.
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George Washington foi preso e condenado por tentativa de explosão de ônibus no aeroporto de Brasília
Imagem cedida ao Metrópoles
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George Washington de Oliveira Sousa
Agência Senado
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Alan Diego dos Santos
Reprodução/CLDF
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Alan Rodrigues é suspeito de ser um dos responsáveis pela tentativa de atentado no Aeroporto de Brasília
Matheus Veloso/Metrópoles
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O blogueiro Wellington Macedo de Souza
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Hugo Barreto/Metrópoles
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Wellington Macedo de Souza foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento no episódio da bomba no Aeroporto de Brasília
Reprodução
Relembre o caso
Na véspera do Natal de 2022, equipes da Polícia Militar (PMDF) e do Corpo de Bombeiros (CBMDF), com apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil (PCDF), mobilizaram-se em área próxima ao Aeroporto de Brasília para desarmar uma bomba com potencial de provocar sérios danos ou “uma tragédia”, como definiu o diretor-geral da Polícia Civil do DF à época, Robson Cândido.
A bomba estava acoplada a um caminhão-tanque e só não foi acionada por um erro técnico. A polícia identificou e prendeu o suspeito de tentar explodir o artefato no mesmo dia.
O empresário que planejava atentado em Brasília foi identificado como George Washington Oliveira Sousa. Logo em seguida, os outros dois nomes foram apontados.
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Equipe do Esquadrão de Bombas
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Artefato explosivo foi encontrado no Aeroporto de Brasília
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Polícia atuou para desarmar explosivo achado próximo ao aeroporto
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Artefato localizado no aeroporto tinha relógio capaz de acionar a explosão
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Se necessário, um robô dotado de sistema de câmeras poderia ser utilizado para desativar os artefatos explosivos
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