A BYD prepara uma mudança estratégica em sua linha de carros de entrada com o inédito BYD Dolphin G 2026. Diferente do modelo elétrico que se popularizou no Brasil, este novo modelo é um híbrido plug-in (PHEV) desenvolvido com foco primário no mercado europeu mas que poderá chegar ao Brasil na sequência, já com motor flex.
A confirmação do Dolphin G partiu de Stella Li, vice-presidente da marca, em entrevista à Autocar. A executiva indicou que o modelo chegará às lojas no próximo ano para rivalizar diretamente com nomes de peso como Toyota Prius e Volkswagen Golf GTE, ambos híbridos plug-in.

A principal novidade é que Dolphin G não é uma adaptação de um produto chinês existente, mas um projeto nascido para atender à demanda do Velho Continente por hatches híbridos – segmento que perdeu força na China. A produção será localizada na nova fábrica da BYD na Hungria. Ele estreará na sequência do Atto 2 DM-i, que é a versão PHEV do Yuan Pro vendido no Brasil.
262 cv e 55 km/l
A expectativa é que o mesmo conjunto motriz do Atto 2 DM-i seja disponibilizado Dolphin G deve compartilhar o conjunto motriz do Atto 2 DM-i. Trata-se da quinta geração da tecnologia híbrida da marca, combinando um motor quatro cilindros 1.5 aspirado a um motor elétrico dianteiro de alta eficiência. O sistema opera tanto em modo série (motor a combustão gera energia para o elétrico) quanto em paralelo (ambos tracionam as rodas).
Embora a BYD não tenha divulgado a ficha técnica final específica para o hatch, os números do SUV impressionam. A potência combinada chega a 193 kW (262 cv). A eficiência é o grande destaque: o consumo homologado estimado é de 55,5 km/l.
O conjunto oferece ainda uma autonomia puramente elétrica de aproximadamente 90 km, suficiente para cumprir a maioria dos deslocamentos urbanos diários sem acionar o motor a combustão.
Design e Dimensões

As falas da entrevista também indicam de que o Dolphin G poderá ser o hatch com escape traseiro flagrado em teste na China há poucos meses. O carro teria, inclusive, carroceria diferente do Dolphin que conhecemos. O modelo terá 4,3 m de comprimento, sendo maior que o Dolphin elétrico vendido no Brasil (que tem 4,12 m) e se aproxima das medidas do próprio VW Golf.
O visual deve seguir a identidade “Ocean Aesthetics”, mas com ajustes aerodinâmicos específicos para a plataforma híbrida, que necessita de entradas de ar para arrefecimento do motor 1.5, diferentemente da grade fechada do modelo elétrico.

Ainda não há confirmação de venda do Dolphin PHEV no mercado brasileiro, mas a versão reestilizada do modelo elétrico já está em testes por aqui.
Considerando o sucesso do Dolphin EV e a recente ofensiva da marca com o King e o Song Pro (ambos DM-i) no Brasil, um hatch médio híbrido com consumo acima de 50 km/l poderia ocupar uma lacuna interessante abaixo do King, caso o preço seja competitivo. Além disso, o Yuan Pro híbrido plug-in será um dos lançamentos da BYD no Brasil em 2026 e a fabricante chinesa já está com o sistema híbrido plug-in flex pronto. A estreia desta mecânica, porém, será com o Song Pro, também no ano que vem.