O Corinthians enfrenta um impasse no futebol por conta do transfer ban que atinge o clube desde agosto, deixando a diretoria e a comissão técnica em uma situação de limitação. Sem poder registrar novos jogadores, o time não consegue avançar em negociações por atletas monitorados e precisa conviver com a possibilidade de manter no elenco atletas que, em condições normais, poderiam ser liberados ou negociados.
O técnico Dorival Júnior tem evitado tratar de reforços enquanto a restrição permanece, mesmo com o setor de análise acompanhando nomes indicados e observados para possíveis contratações. Um exemplo é o atacante Pedro Rocha, que segue sob monitoramento, mas ainda não recebeu avaliação direta do treinador. Fabinho Soldado, executivo de futebol, atua para organizar o setor de mercado e conter expectativas, mas admite que qualquer avanço depende de decisões concretas da diretoria.
O transfer ban também influencia saídas do elenco. Jogadores que poderiam ser negociados, como Félix Torres, Cacá, Charles e José Martínez, correm o risco de permanecer no clube por falta de reposição. Atletas emprestados, como Alex Santana e Pedro Raul, podem voltar caso o Corinthians não consiga registrar novos reforços para 2026. Essa manutenção obrigatória de parte do elenco atual é vista com preocupação pela comissão técnica, que considera o grupo insuficiente para a próxima temporada.
O planejamento para o ano seguinte está seriamente comprometido. A diretoria aguarda o pagamento da parcela de dezembro do acordo com a Liga Forte União para tentar reverter o transfer ban, mas internamente há consenso de que o clube já perdeu tempo valioso na preparação da equipe para 2026.