Durante uma transmissão ao vivo realizada nesta terça-feira (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apareceu diretamente do hospital onde está internado, em Brasília. Na ocasião, ele revelou que poderá retirar a sonda nasogástrica ainda nesta semana e que espera ter alta médica na próxima segunda-feira (28).
Ao lado de seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro, com quem conversou brevemente, Bolsonaro também dividiu espaço na live com o ex-piloto Nelson Piquet. A conversa foi usada para reforçar críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e reforçar a narrativa de que o ex-presidente estaria sendo alvo de perseguição política.
“Se tudo correr bem, nos próximos dois dias me livro da sonda. Isso já deve melhorar bastante meu quadro clínico. Espero estar fora do hospital até segunda-feira”, disse Bolsonaro, agradecendo ainda as mensagens de apoio que tem recebido.
A transmissão foi promovida pelos filhos do ex-presidente para divulgar a venda de capacetes feitos com grafeno, produto de uma marca recém-lançada da qual tanto Jair quanto Flávio Bolsonaro são sócios.
Internado desde o dia 13 de abril no Hospital DF Star, o ex-presidente passou por um procedimento cirúrgico que durou cerca de 12 horas. Segundo boletim médico emitido nesta terça, Bolsonaro permanece na UTI e, embora apresente melhora clínica e sinais de retomada do funcionamento intestinal, ainda não tem previsão de alta. Ele continua em jejum e recebe nutrição por via venosa.
A equipe médica tem intensificado os trabalhos de fisioterapia e reabilitação, recomendando restrição total de visitas. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro comentou nas redes sociais que apenas familiares têm acesso a ele. Apesar disso, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, visitou o ex-presidente na tarde desta terça-feira.
Nos últimos anos, Jair Bolsonaro foi submetido a diversas intervenções médicas no trato digestivo, resultado de complicações decorrentes do atentado a faca sofrido em 2018. Muitas dessas cirurgias exigiram internações prolongadas em unidades de terapia intensiva.
