Após 467 dias de conflitos, o governo de Israel e o grupo Hamas chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo inicial de seis semanas, que pode levar ao fim do maior e mais prolongado conflito entre o Estado judeu e seus vizinhos árabes, com quase 77 anos de história. O anúncio foi feito na quarta-feira (15), e a previsão é que o cessar-fogo entre em vigor no domingo (19).
Embora o acordo tenha sido comemorado por vários líderes, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, que afirmou que as negociações foram as mais difíceis de sua carreira, ainda há falta de detalhes sobre os termos completos do arranjo. O acordo envolve a troca de reféns, com 98 pessoas sequestradas no ataque de 7 de outubro de 2023 sendo liberadas em troca de cerca de 1.000 prisioneiros palestinos, com uma estimativa de que até 60 reféns possam estar vivos.
Houve resistência dentro do governo de Israel, especialmente por parte da ultradireita religiosa, e também ao longo das negociações com o Hamas, que exigiu detalhes sobre a retirada das forças israelenses de Gaza, algo que Israel só concordou em liberar gradualmente. A situação permanece incerta, com muitos questionando a durabilidade do acordo, especialmente em relação ao possível retorno da violência após as trocas de reféns.
O cessar-fogo oferece uma esperança para o fim de uma tragédia humanitária prolongada e pode ser um passo crucial para a resolução do conflito, embora o impacto político e social do acordo ainda esteja por se revelar.