Mais da metade da população brasileira (55%) considera que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi adequada, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (25). Por outro lado, 39% avaliam a medida como injusta, enquanto 6% não souberam opinar ou não responderam.
O estudo ouviu 2.004 pessoas acima de 16 anos entre os dias 13 e 17 de agosto, abrangendo 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre os evangélicos, o sentimento contrário predomina: 57% acreditam que a prisão foi injusta, enquanto 38% consideram justa. Cinco por cento não souberam ou não responderam.
O levantamento também analisou opiniões segundo o voto no segundo turno das eleições de 2022. Entre aqueles que votaram em branco, 57% veem a prisão como justa, contra 31% que discordam. Já entre os eleitores de Bolsonaro, apenas 15% consideram a prisão correta, enquanto 83% a classificam como injusta.
A pesquisa investigou ainda o motivo da participação de Bolsonaro na chamada de vídeo, que resultou na prisão domiciliar. Para 57% dos entrevistados, o ex-presidente agiu de forma intencional para provocar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Outros 30% acreditam que ele não compreendeu as regras estabelecidas pelo magistrado e cometeu um erro, e 13% não souberam ou não responderam. Entre os evangélicos, 45% afirmam que Bolsonaro provocou Moraes, contra 41% que pensam diferente.
Em questionamentos sobre a suposta tentativa de golpe, 52% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro teve participação, aumento em relação aos 49% registrados em março de 2025. Aqueles que discordam somam 36% (leve alta frente aos 35% anteriores), 10% não sabem ou não responderam, e 2% afirmam que não houve tentativa de golpe.
Dentro do grupo que não possui posicionamento definido, a maioria acredita que Bolsonaro participou do plano: 58% acreditam na participação, 25% pensam o contrário, 2% negam que houve golpe e 15% não souberam ou não responderam.