Longa duração: Citroën C3 tenta se passar por SUV e fica desconfortável por isso

Depois que os suportes do motor foram trocados em garantia, o nosso Citroën C3 ficou mais agradável também na estrada, onde o três-cilindros 1.0 precisa trabalhar em rotações mais altas. Mas ainda resta uma questão para a qual não existe uma solução simples: o conforto dos bancos.

Concebido para ser um SUV de acesso, o Citroën C3 é mais alto que a média dos hatches compactos e sua suspensão tem vão livre de 18 cm (o mínimo que um SUV precisa ter, de acordo com o Inmetro). Por dentro, os bancos dianteiros também são mais altos que o comum em hatches compactos. Esta é uma estratégia corriqueira das fábricas, entre os SUVs derivados de hatches, mas que não foi bem resolvida no caso do C3.

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Banco do C3 varia mesmo é a inclinaçãoHenrique Rodriguez/Quatro Rodas

As críticas podem ser diferentes, mas todos os motoristas têm algo a reclamar dos bancos. É o apoio lombar, é a falta de apoios laterais mais eficientes no encosto, são as espumas duras usadas nos bancos e também a altura dos assentos e a regulagem para o banco do motorista. Tudo isso, após horas a fio, faz com que os motoristas tenham dores.

O problema da regulagem é visível e pode ser mensurado. Os assentos do Citroën C3 são compridos, o que costuma ser bom para o suporte das coxas do motorista. No entanto, sua ponta é bastante elevada (está a 34,4 cm do assoalho, 3,4 cm mais alto do que no Fiat Pulse) e o ajuste de altura eleva mais a parte traseira do assento (o que define o ponto H, que é a posição de dirigir) do que a frente. Com isso, quem costuma dirigir com o assento mais baixo faz força contra o assento para pisar na embreagem. Ao longo de uma viagem, isso cansa as pernas e força a região da lombar.

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A solução definitiva seria mudar o banco. A paliativa é mudar a posição de dirigir, com o assento um pouco mais alto e correr o banco mais para a frente, para as pernas ficarem menos esticadas. A percepção do carro muda, mas fica menos cansativo.

Citroën C3 – 75.866 km

Versão: First Edition 1.0
Motor: 3 cil., diant., transv., 999 cm3, 6V, aspirado, 75/71 cv a 6.000 rpm, 10,7/10 kgfm a 3.250 rpm
Câmbio: manual, 5 marchas, tração dianteira
Seguro: R$ 1.824 (Perfil Quatro Rodas)
Revisões:
Até 100.000 km – R$ 7.518
Gastos no mês: Combustível: R$ 1.457
Consumo: No mês: 14,2 km/l com 29,2% de rodagem na cidade
Desde abril/23: 13,5 km/l com 35,1% de rodagem na cidade
Combustível: flex (gasolina)

 

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