Como a GWM vende um quarto dos seus carros quando as concessionárias estão fechadas

A velha rotina de ir até uma concessionária para conhecer um carro e negociar o preço não necessariamente faz parte do processo de compra dos carros da GWM. Se quiser, o cliente pode comprar o carro sem sair de casa – e quase um quarto dos seus clientes realmente fazem isso. 

Desde a sua estreia no Brasil, há dois anos e meio, a GWM usa seu site ou o Mercado Livre para fazer uma pré-reserva, como parte do processo de venda dos seus carros. Isso pode ser visto como um legado da pandemia da COVID-19, mas esse modelo de vendas é usado para garantir o mesmo preço final do carro em todos os estados brasileiros. 

No site, o cliente faz o pagamento de um sinal de R$ 9.000, aprova seu plano de financiamento e seleciona a concessionária de preferencia. 

De acordo com a GWM, 23% dos seus carros são vendidos no Brasil quando suas concessionárias estão fechadas: aos domingos, em feriados ou fora do horário comercial. E, se o cliente quiser, poderá nunca pisar em uma concessionária.

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“Depois do pedido feito, a concessionária entra em contato com o comprador para realizar os trâmites da entrega e do emplacamento, e para negociar caso haja um carro entrando no negócio. Mas a GWM dá ao cliente, até hoje, a possibilidade de entregar o carro na casa dele. Isso é raro, acontece uma vez a cada três meses, por exemplo, mas é possível vender o carro sem que o cliente vá até a concessionária”, conta Diego Fernandes, COO da GWM Brasil.

GWM Haval H6 HEV2
GWM Haval H6Divulgação/GWM

Esse “delivery de carro zero-km” é oferecido desde o início das operações da GWM no Brasil, no final da pandemia, quando a marca ainda estava estabelecendo sua rede de lojas no Brasil. O carro é levado de caminhão e é acompanhado de um técnico para explicar todos os detalhes. Mas se é tão raro o comprador pedir isso é porque, aparentemente, o brasileiro ainda faz questão de ir até a loja para buscar o carro novo.

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Do pedido, via Internet, até a entrega, leva entre 7 e 10 dias. Para isso, a marca tem cerca de 35 centros de distribuição regionais, onde mantém as versões dos seus carros em cores sortidas e em quantidade previamente calculada de acordo com a demanda dos consumidores locais.

Outro serviço que a marca chinesa tem é o de oficina móvel, que também possibilita que o carro seja revisado onde quer que o proprietário esteja. Nem para fazer revisão os GWM precisam visitar as concessionárias.

Outra parte da estratégia está em vender carros em shoppings, onde algumas redes de concessionários mantêm os pontos de vendas com direito a carros para test-drive. Ainda que o cliente feche negócio ali, o pedido também será feito por meio da página na Internet.

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