Desde o começo do ano, você viu uma série de modelos da chinesa Changan sendo testados no Brasil, inclusive da sua divisão de luxo, a Avatr. A marca já começa a tomar forma no Brasil através de uma parceria com a Caoa, e até já tem perfil no Instagram.
Basta procurar por @caoachangan e encontrará o perfil ainda sem conteúdo. Há apenas uma imagem com o logo e o céu azul ao fundo, trazendo como legenda a palavra “aguarde”. Também não há muitos seguidores e o perfil ainda não segue ninguém.

Há muito mistério no que diz respeito ao retorno da Changan. Isso mesmo, retorno. Ela já operou no Brasil entre 2006 e 2016, com o nome Chana, vendendo principalmente pequenos caminhões e minivans.
Agora a proposta é outra, querendo entrar de cabeça nos segmentos mais importantes do mercado automotivo nacional. Entre os modelos flagrados rodando pelo Brasil, está o SUV médio Changan UNI-T, que mede 4,51 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,56 m de altura e com um entre-eixos de 2,71 m.

Essas são medidas que o colocariam para concorrer com Jeep Compass e Toyota Corolla Cross. Ainda mais porque ele não é eletrificado, como a maioria dos conterrâneos, mas sim um carro a combustão comum, podendo ser equipado com motor 1.5 turbo de 179 cv ou 2.0 turbo de 230 cv.
Outro que avistado foi o Changan CS75 Plus, um SUV de 4,77 m de comprimento e 2,80 m de entre-eixos, que também é equipado com motor a combustão. No seu caso, o motor é um 1.5 turbo a gasolina com 192 cv e 31,5 kgfm sempre combinado a um câmbio automático de oito marchas.

Mas a marca também deve concorrer entre os elétricos, com o SUV de luxo Avatr 07, que até já está registrado no Brasil. O SUV elétrico é ainda maior que os outros, medindo 4,82 m de comprimento e tem 314 cv posicionado no eixo traseiro. Dependendo da versão, pode receber também um motor dianteiro de 178 cv ou mesmo um motor 1.5 turbo de 156 cv, que funciona apenas como extensor de alcance.
Nem a Changan, nem a Caoa se pronunciaram sobre qual modelo será lançado primeiro no Brasil, tão pouco sobre como será essa parceria.
A Caoa já estava procurando parceiros há muitos anos e já que cortou relações com Hyundai. A empresa também teve divergências com o Grupo Chery sobre as marcas Omoda & Jaecoo, que estão no Brasil com uma operação independente.
Em julho, interlocutores contaram à QUATRO RODAS as intenções da Caoa e que as negociações estão bem avançadas, com previsão de iniciar as vendas em 2026. Os planos envolvem as duas marcas e, a princípio, os carros virão importados da China, com uma possível operação de montagem local em Anápolis (GO), no futuro.