Nos últimos dias, o caso de Iryna Zarutska, jovem ucraniana de 23 anos, tem ganhado grande repercussão na imprensa norte-americana e até motivou comentários do presidente Donald Trump. Iryna havia deixado a Ucrânia em agosto de 2022 para fugir da guerra e, em 22 de agosto deste ano, foi esfaqueada até a morte no metrô de Charlotte, na Carolina do Norte, por um passageiro com um histórico criminal extenso, que já havia sido preso mais de uma dezena de vezes.
O crime só veio à tona recentemente, quando imagens de câmeras de segurança do metrô começaram a circular, mostrando os momentos que antecederam o ataque. As gravações registram a jovem entrando no vagão, sentando-se à frente do suspeito e consultando o celular durante a viagem. Quatro minutos depois, Decarlos Brown Jr., de 34 anos, sacou uma faca e atacou a vítima, que tentou se proteger antes de cair inconsciente, perdendo muito sangue. O suspeito permaneceu no vagão, parcialmente despido, e só foi detido após sair do metrô na estação seguinte.
O homicídio provocou ampla discussão sobre segurança pública, violência e saúde mental nos Estados Unidos, e até ganhou uma página na Wikipédia. Inicialmente, o Departamento de Polícia de Charlotte-Mecklenburg informou que Brown foi acusado de homicídio em primeiro grau, mas posteriormente enfrentou também acusações federais, podendo ser condenado à pena de morte.
O presidente Donald Trump comentou o caso em suas redes sociais, condenando o assassinato e destacando os antecedentes criminais do agressor. Ele lembrou que Brown havia sido detido 14 vezes desde 2011 e que, apesar de já ter cumprido cinco anos de prisão por assalto à mão armada, havia sido liberado sem fiança em janeiro. Trump responsabilizou juízes, políticos e ativistas da chamada “esquerda radical” por adotarem políticas que, segundo ele, permitem a soltura de criminosos reincidentes, acusando a oposição de fomentar o caos em cidades governadas por democratas.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reiterou que o suspeito possuía um histórico criminal extenso e reforçou que, mesmo assim, foi liberado por um juiz. Trump também pediu que o governo responda ao crime com firmeza e determinação, enfatizando que a ação deve ser rigorosa contra criminosos reincidentes.
Iryna morava nos Estados Unidos com a mãe e os irmãos, havia se formado em arte e restauração pela Synergy College, em Kyiv, e trabalhava em um estabelecimento no bairro de South End, em Charlotte.